ou: um texto sobre crescer.
15 de abril. Vinte e dois anos (Ok, hoje é dia 23, mas finge que eu não estou enrolando pra aparecer aqui).
Cheguei aqui de uma forma estranha. Não sei dizer se foi correndo, tropeçando ou sendo levada — mas cheguei. Entre os altos e baixos, os “eu não aguento mais” e os “obrigada, Deus”, completei mais um ciclo. E agora, estou aqui, com vinte e dois anos, começando a viver. Sinto que agora sim sou adulta, em alguns momentos, uma adulta estagnada na vida, mas ainda sim, adulta.
É engraçado como a vida não pede licença pra mudar. A gente planeja tanto e, no fim, tudo acontece de outro jeito. Eu imaginava mil coisas para 2025, mas, sinceramente, a maioria delas ainda tá só na minha cabeça — ou nos sonhos que escrevi nas madrugadas que não dormi, ou no meu planner que às vezes fica esquecido na estante.
Mas hoje eu entendo que crescer é mais sobre continuar do que conquistar. É sobre permanecer, mesmo quando dá vontade de sumir. É sobre levantar cedo, pegar o ônibus mesmo cansada, entregar o trabalho da faculdade mesmo insegura, continuar sorrindo mesmo com o coração apertado.
Esse começo de ano tem sido um misto de emoções:
- O peso de ser adulta.
- A beleza de ser inteira.
- O alívio de saber que Deus me conhece até quando nem eu me entendo.
Meus dias são meio corridos. Acordo cedo, trabalho o dia todo, estudo quando dá. Nos finais de semana, me dou ao luxo de desacelerar um pouco — ou pelo menos tento. Às vezes saio pra respirar, às vezes fico em silêncio por horas. Tenho lido mais a Bíblia. Tenho tentado orar mais. Tenho escrito menos do que gostaria, mas sentido mais do que consigo colocar em palavras.
Me divido entre ônibus, códigos, audiências, textos bíblicos, e um milhão de coisas pra lembrar.
Às vezes, me pego orando no meio do dia só pra não explodir por dentro.
Às vezes, só respiro fundo e penso: tá tudo bem ainda não saber como vai ser.
No meio disso tudo, tem Deus.
Tem Ele me lembrando que eu sou mais do que minhas tarefas.
Que minha identidade não está no que eu produzo, mas em quem Ele diz que eu sou.
Tem Ele me ensinando a ser paciente com meu processo, com meus sentimentos, com o tempo das coisas.
Então aqui estou:
Abrindo oficialmente meu 2025.
Com um pouco mais de idade e um tanto de cansaço.
Esse é o primeiro post do ano aqui no blog.
Demorou pra sair, porque eu também demoro pra processar.
Mas agora que saiu, espero que encontre você onde for que você esteja.
E que, de alguma forma, seja um lembrete:
Ainda dá tempo de respirar fundo.
De mudar de rota.
De acreditar no novo.
De confiar em Deus mais uma vez.
Se você chegou até aqui, obrigada por me acompanhar nesses quase 5 anos de blog e 13 de blogger.
Esse blog é um cantinho meu, mas também é teu — porque aqui, a gente se encontra no que sente.
Não sei quando irei aparecer por aqui de novo, mas nos vemos ainda esse ano, prometo.
Oie! Vindo aqui conhecer seu blog, gostaria de compartilhar que esse ano também faço 22 anos, e que embora exista o choque de "caramba, eu cresci!", ser adulta parece cada vez mais distante que próximo pra mim. Penso que não sou muito diferente de uma criança de 12 anos mas que agora tem um emprego e sabe pagar boletos ou resolver alguma coisa sozinha. Parece mesmo que crescer não é sobre entender ou conquistar, é sobre permanecer. Beijinhos!
ResponderExcluirwww.petalasdeagosto.blogspot.com
Códigos e audiências? Kamilla, você é colega advogada? :D
ResponderExcluirBom, um feliz aniversário superatrasado, mas que tenha sido uma comemoração maravilhosa rodeada de família e amigos queridos!
Eu aos 22 me sentia um pouco perdida, focando em coisas que não prestavam, tipo relacionamentos ruins e sem futuro, e ao mesmo tempo me sentindo pressionada a fazer várias coisas sobre as quais eu não tinha parado para pensar.
Acho que essas autorreflexões são essenciais, principalmente numa fase de vida jovem. Só assim encontramos caminhos para seguir em frente. Boa sorte! <3
Me identifiquei demais com suas palavras, com esse sentimento de ser adulta e ao mesmo tempo se sentir meio perdida às vezes. Você conseguiu traduzir em palavras algo que muita gente sente e não consegue explicar. Ainda dá tempo de respirar, de recomeçar, de confiar. Obrigada por me lembrar disso hoje.
ResponderExcluirKisses ~
Just Me
Kamilla, achei bonita sua relação com Deus e o jeito que você fala Dele. Preserve isso em você, é muito especial. Sobre a vida adulta, fica tranquila porque vai piorar kkkkkkkk, estou rindo mais é verdade. Isso é só o início, mas você vai dar conta. Tenho certeza.
ResponderExcluirOlá, Kamilla,
ResponderExcluirFeliz aniversário (atrasado rs)!
Eu sou bem mais velha que você e às vezes ainda também me pego surpresa que já sou adulta haha.
Eu também consegui superar muitos desafios através da espiritualidade, então super te entendo.
Beijos
Existem anos assim, em que damos por nós a pensar na passagem do tempo e nas nossas aprendizagens! Que 2025 te traga muitas coisas boas!
ResponderExcluirBjxxx,
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Aparentemente, você gosta de ler e é bem próxima Dele. Permita-me uma sugestão de leitura: "A Força do Silêncio: Contra a ditadura do ruído", do cardeal Robert Sarah.
ResponderExcluirE seja bem-vinda ao nosso reservado e amado espaço dos blogs!