esse post nasceu de uma sugestĂŁo do ZĂ© Tampinha, e bom… eu adorei a ideia, porque esse tema me atravessa mais do que parece.
Sou a caçula de seis irmĂŁos. Isso quer dizer que cresci no meio do movimento: irmĂŁos e irmĂŁs mais velhos, barulho, falas atravessadas e risadas altas. Hoje, continuo rodeada de gente. Moro sĂł com minha mĂŁe, afinal, todos casados, com filhos, suas vidas e suas famĂlias, mas estĂŁo SEMPRE em casa, e sendo sincera, eu me sinto levemente incomodada.
Minha rotina? Saio cedo pro trabalho, dou aquele beijo de bĂȘnção na mĂŁe e volto Ă noite, quando ainda dĂĄ tempo de um papo rĂĄpido antes de me trancar no quarto e estudar ou dormir. SĂł isso. O resto do tempo, minha casa Ă© mais barulho do que silĂȘncio.
E olha... eu sinto falta. Sempre fui mais sozinha, nĂŁo no sentido triste, mas no sentido calmo. Sempre gostei do meu canto, do meu ritmo, das minhas pausas. Desde 2020, o silĂȘncio virou artigo de luxo por aqui, que foi quando nasceu a minha sobrinha nÂș 4 e nÂș 5, no ano seguinte nÂș 6 e no ano seguinte, nÂș 7.
Se fico sozinha em casa (o que Ă© raro), Ă© como se o ar mudasse. Gosto de ler, ouvir mĂșsica, ou sĂł deixar minha cabeça quieta por uns instantes. NĂŁo Ă© sobre fugir do barulho dos outros, Ă© sobre encontrar a minha prĂłpria frequĂȘncia no meio de tanta frequĂȘncia junta.
Nunca me senti culpada por precisar disso, eu entendo que ter um espaço interno Ă© tĂŁo necessĂĄrio quanto ter um espaço fĂsico, e pedir por silĂȘncio, mesmo cercada de pessoas que amo, Ă© sĂł mais uma forma de cuidar de mim.
Se vocĂȘ tambĂ©m mora numa casa cheia, meu conselho Ă© simples: encontre o seu momento. Pode ser no banho, numa caminhada, ouvindo uma mĂșsica que ninguĂ©m mais da casa curte. NĂŁo precisa ser um silĂȘncio total, basta ser um silĂȘncio seu.
Ah, eu adicionei uma nova pĂĄgina sobre mim no blog, o link estĂĄ no primeiro gadget, ou pode clicar aqui nesse coração đ§Ą
Devemos primeiro cuidar de nĂłs mesmos, para depois cuidar dos outros. Descobrir nossa frequĂȘncia no silĂȘncio Ă© fundamental para seguirmos em frente.
ResponderExcluirObrigado pela visita ao meu blog. Pode visitar sempre que quiser. Estarei por aqui te acompanhando.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Eu te entendo! Cresci numa casa cheia de gente. Meus pais amavam receber visitas e hospedar amigos. Quando eu fiz 18 anos eu meti o pé e nunca mais voltei, só para visitar mesmo. Ter nosso momento é muito importante e não tem nada de errado nisso.
ResponderExcluirVocĂȘ estĂĄ certa: ter esses momentos de silĂȘncio Ă© muito importante, apesar que aquele barulho de gente em casa ser tambĂ©m muito bom. Mas ampliando um pouco, o nosso mundo hoje Ă© muito barulhento. VocĂȘ sai Ă rua Ă© sĂŁo muitos barulhos que enchem a cabeça.
ResponderExcluirEu escrevi um poema sobre isso, se quiser ler, vou deixar o link:
https://ascronicasdoedu.blogspot.com/2024/10/silencio.html
Nossa, me peguei pensando no quanto sua rotina Ă© diferente da minha. Aqui Ă© silĂȘncio o tempo todo, quase como se o tempo passasse devagar demais. Ăs vezes dĂĄ vontade de ouvir um barulho qualquer sĂł pra lembrar que tem vida acontecendo lĂĄ fora, sabe?
ResponderExcluirhttps://jusreads.blogspot.com/ đ
Fico feliz que tenha transformado a inquietação em parågrafos sinceros!
ResponderExcluirEu costumo pensar no futuro e em como serĂĄ calma e silenciosa a tal da "minha casa" (meu cantinho no mundo).
o silĂȘncio Ă© tĂŁo importante pra gente nĂ©? minha casa era barulhenta tbm, mas desde que passei a morar sozinha, eu escolho quando quero ficar totalmente quieta ou no barulho das minhas mĂșsicas num volume alto da tv. essa sensação de controle Ă© mt boa
ResponderExcluirbeijinhos, nanaview đ
Relendo esse texto e tentando encontrar um descanso em meio ao turbilhĂŁo da vida.
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